Alfabetização noticiosa na educação: a luta contra as notícias falsas deve começar cedo
Alfabetização noticiosa na educação: a luta contra as notícias falsas deve começar cedo
Alfabetização noticiosa na educação: a luta contra as notícias falsas deve começar cedo
- Autor:
- 25 de abril de 2023
O aumento de notícias falsas tornou-se uma séria preocupação, especialmente durante períodos eleitorais, e as redes sociais contribuíram significativamente para esta questão. Em resposta, vários estados dos EUA estão a propor projetos de lei que exigem que a literacia mediática seja incluída nos currículos das suas escolas. Ao exigirem a educação para a literacia mediática, esperam equipar os alunos com competências para analisar e avaliar criticamente as fontes de notícias.
Alfabetização noticiosa no contexto educacional
Notícias falsas e propaganda tornaram-se um problema cada vez mais prevalente, sendo plataformas online como Facebook, TikTok e YouTube as principais vias para a sua disseminação. A consequência disto é que as pessoas podem acreditar em informações falsas, levando a ações e crenças equivocadas. Portanto, um esforço concertado para resolver esta questão é essencial.
Os jovens são particularmente vulneráveis ao ambiente de notícias falsas, pois muitas vezes não têm as competências necessárias para distinguir entre informações verificadas e não verificadas. Tendem também a confiar nas fontes de informação que encontram online, sem considerar a credibilidade das fontes. Consequentemente, organizações sem fins lucrativos, como a Media Literacy Now, estão a pressionar os decisores políticos para que implementem um currículo de literacia jornalística nas escolas, desde o ensino secundário até à universidade. O currículo irá equipar os alunos com habilidades para analisar conteúdo, verificar informações e examinar sites para determinar sua credibilidade.
A incorporação de um currículo de literacia jornalística visa tornar as crianças melhores consumidoras de conteúdos, especialmente quando utilizam os seus smartphones para aceder à informação. As aulas ensinarão os alunos a terem mais cuidado com as notícias a partilhar online e serão incentivados a interagir com as suas famílias e professores para verificar os factos. Esta abordagem é crucial para garantir que os jovens desenvolvam competências de pensamento crítico, permitindo-lhes tomar decisões informadas na sua vida quotidiana.
Impacto disruptivo
A literacia mediática é uma ferramenta vital que dota os alunos de competências para analisar notícias com base em informações verificadas. Desde a sua criação em 2013, a Literacia Mediática Agora tem sido crucial na introdução de 30 projetos de lei sobre a literacia jornalística na educação em 18 estados. Embora muitos destes projetos de lei não tenham sido aprovados, algumas escolas tomaram medidas proativas para incluir a literacia mediática nos seus currículos. O objetivo é capacitar os alunos a se tornarem leitores de notícias ativos e curiosos, capazes de distinguir entre fato e ficção.
Os pais também têm um papel importante a desempenhar na promoção da literacia noticiosa. Eles são incentivados a perguntar às escolas locais quais programas atuais de alfabetização jornalística estão disponíveis e a solicitá-los caso não estejam. Recursos online, como o News Literacy Project, fornecem materiais didáticos valiosos, incluindo estratégias para ajudar os alunos a identificar vídeos profundamente falsos e a aprender sobre o papel do jornalismo na democracia. A Andover High School de Massachusetts é um exemplo de escola que ensina os alunos a examinar minuciosamente a propaganda de guerra e a realizar verificações de antecedentes em sites. Embora os métodos específicos utilizados possam diferir, é evidente que os Estados reconhecem a importância da literacia noticiosa no combate à polarização política, à propaganda em massa e à doutrinação online (particularmente em organizações terroristas).
Implicações da alfabetização jornalística na educação
Implicações mais amplas da alfabetização jornalística na educação podem incluir:
- Cursos de literacia jornalística estão sendo introduzidos até mesmo para crianças mais novas, a fim de prepará-las para se tornarem cidadãos on-line responsáveis.
- Mais diplomas universitários relacionados com a literacia e análise de notícias, incluindo cruzamentos com outros cursos, como criminologia e direito.
- Escolas globais que introduzem cursos e exercícios de literacia jornalística, como a identificação de contas falsas nas redes sociais e fraudes.
- O desenvolvimento de cidadãos informados e empenhados que possam participar na sociedade civil e responsabilizar os funcionários públicos.
- Uma base de consumidores mais informada e crítica, mais bem equipada para tomar decisões de compra com base em informações precisas.
- Sociedade diversificada e inclusiva, uma vez que indivíduos de diferentes origens são mais capazes de compreender e apreciar as perspectivas uns dos outros, ao mesmo tempo que se atêm aos factos.
- Uma população mais alfabetizada tecnologicamente, capaz de navegar no cenário digital e evitar a desinformação online.
- Uma força de trabalho qualificada que seja mais capaz de se adaptar às mudanças nas condições económicas e tecnológicas.
- Cidadãos mais conscientes e engajados ambientalmente, que possam avaliar melhor as políticas ambientais e defender práticas sustentáveis.
- Uma sociedade culturalmente consciente e sensível que possa reconhecer e compreender os preconceitos e pressupostos subjacentes às representações mediáticas.
- Uma população legalmente alfabetizada que possa defender os seus direitos e liberdades.
- Cidadãos eticamente conscientes e responsáveis que podem navegar em dilemas éticos complexos e tomar decisões informadas com base em informações verificadas.
Questões a considerar
- Você acha que a alfabetização jornalística deveria ser exigida na escola?
- De que outra forma podem as escolas implementar um currículo de literacia jornalística?
Referências de insights
Os seguintes links populares e institucionais foram referenciados para esta percepção: