Big tech na área da saúde: em busca de ouro na digitalização da saúde

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Big tech na área da saúde: em busca de ouro na digitalização da saúde

Big tech na área da saúde: em busca de ouro na digitalização da saúde

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Nos últimos anos, grandes empresas de tecnologia exploraram parcerias no setor de saúde, tanto para fornecer melhorias, mas também para obter lucros maciços.
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      Previsão Quantumrun
    • 25 de fevereiro de 2022

    Resumo do insight

    A ascensão da tecnologia digital na área da saúde, impulsionada pela procura dos consumidores por conveniência e rapidez, levou a mudanças significativas na indústria. Os gigantes da tecnologia introduziram soluções que melhoram a partilha de dados, melhoram os serviços de telessaúde e até ajudam no controlo de doenças, transformando as operações tradicionais de saúde. No entanto, esta mudança também apresenta desafios, tais como potenciais perturbações nos prestadores de cuidados de saúde existentes e preocupações com a privacidade e segurança dos dados.

    Big Tech no contexto da saúde

    As exigências dos consumidores por serviços de saúde convenientes e rápidos estão a forçar as redes hospitalares e clínicas a adotarem cada vez mais soluções tecnológicas digitais. A partir do final da década de 2010, Apple, Alphabet, Amazon e Microsoft aceleraram a sua busca por quota de mercado no setor da saúde. Os serviços e produtos defendidos pelo setor tecnológico na última década ajudaram a conduzir as pessoas através do distanciamento social e das perturbações no local de trabalho introduzidas pela pandemia da COVID-19. 

    Por exemplo, o Google e a Apple se uniram para criar um aplicativo que pudesse aproveitar a tecnologia Bluetooth em telefones celulares para rastreamento de contatos. Este aplicativo instantaneamente escalonável extraiu dados de teste e atualizou as pessoas se elas precisassem fazer o teste ou ficar em quarentena. As APIs lançadas pelo Google e pela Apple impulsionaram um ecossistema de ferramentas que ajudaram a reduzir a propagação do vírus.

    Fora da pandemia, as grandes empresas tecnológicas também ajudaram a conceber e desenvolver serviços de telessaúde geridos por plataformas de cuidados virtuais. Esses sistemas digitalizados podem ajudar os profissionais médicos a prestar atendimento adequado aos pacientes que não precisam de consulta presencial. Estas empresas também têm estado particularmente interessadas na digitalização de registos de saúde e no fornecimento dos serviços de gestão de dados e de geração de informações que estes registos exigem. No entanto, as empresas tecnológicas dos EUA também têm lutado para ganhar a confiança dos reguladores e dos consumidores no que se refere ao tratamento dos dados dos registos de saúde.

    Impacto disruptivo

    A Big Tech está oferecendo soluções digitais que melhoram o compartilhamento e a interoperabilidade de dados, substituindo sistemas e infraestruturas desatualizados. Esta transformação poderá levar a operações mais eficientes para os intervenientes tradicionais no setor da saúde, como seguradoras, hospitais e empresas farmacêuticas, simplificando potencialmente processos como o fabrico de medicamentos e a recolha de dados.

    No entanto, esta mudança não está isenta de desafios. A crescente influência dos gigantes tecnológicos nos cuidados de saúde poderá perturbar o status quo, forçando os operadores históricos a repensar as suas estratégias. A mudança da Amazon para a entrega de receitas, por exemplo, representa uma ameaça significativa para as farmácias tradicionais. Estas farmácias poderão necessitar de inovar e adaptar-se para reter a sua base de clientes face a esta nova concorrência.

    Numa escala mais ampla, a entrada das Big Tech nos cuidados de saúde poderá ter implicações profundas para a sociedade. Poderia levar a um melhor acesso aos serviços de saúde, especialmente em áreas mal servidas, graças ao alcance e à escalabilidade das plataformas digitais. No entanto, também levanta preocupações sobre a privacidade e segurança dos dados, uma vez que estas empresas terão acesso a informações de saúde sensíveis. Os governos precisam de equilibrar os benefícios potenciais desta transformação com a privacidade dos cidadãos e garantir uma concorrência leal no mercado dos cuidados de saúde.

    Implicações da Big Tech na saúde

    Implicações mais amplas da Big Tech na saúde podem incluir:

    • Melhor monitorização e vigilância das doenças a nível nacional e internacional. 
    • Maior acesso a dados de saúde através de portais de telessaúde online, bem como tornar mais acessíveis novas ferramentas de diagnóstico e tratamentos de ponta, investindo em empresas de tecnologia médica. 
    • Melhor oportunidade e precisão na recolha e comunicação de dados de saúde pública. 
    • Soluções mais rápidas, econômicas e eficazes para controle de doenças e tratamento de lesões. 
    • O aumento de diagnósticos e recomendações de tratamento baseados em IA reduz a carga de trabalho dos profissionais de saúde, levando a mudanças nas exigências laborais e nas funções profissionais no setor da saúde.
    • Um aumento na procura de profissionais de cibersegurança, promovendo o crescimento do emprego neste sector para proteger dados de saúde sensíveis.
    • Redução da pegada ambiental do setor da saúde, uma vez que as consultas virtuais e os registos digitais reduzem a necessidade de infraestruturas físicas e sistemas baseados em papel.
    • A crescente sofisticação dos wearables de saúde capazes de transmitir e analisar informações de saúde em tempo real.

    Questões a considerar

    • Como você acha que as grandes empresas de tecnologia estão mudando o setor de saúde? 
    • Você acha que o envolvimento de grandes tecnologias no setor de saúde tornará a saúde mais barata?
    • Quais podem ser os efeitos adversos das tecnologias digitais no setor de saúde?

    Referências de insights

    Os seguintes links populares e institucionais foram referenciados para esta percepção: